quarta-feira, 11 de junho de 2008

Relatorio West Wing






Um dos objectivos do segundo semestre da cadeira de Estratégias da Comunicação, leccionada pelo prf. Dr. João Paulo Meneses, seria a realização de um relatório sobre o visionamento dos episódios da série West Wing ( Os Homens do Presidente ). As ideias essenciais debatem-se em torno da manipulação da opinião publica, das formas de o fazer e da reacção a situações de crise, ligado à função da assessoria.
A assessoria é uma actividade na área da Comunicação Social onde se procura estabelecer uma ligação entre um indivíduo ou instituição e o público, através de meios de comunicação de massa. Esta ligação estabelece-se de acordo com estratégias predefinidas, que vão ao encontro das necessidades dessa mesma entidade ou figura política. Por este motivo, todas as situações menos agradáveis, que ponham em causa, instituições ou pessoas, são controladas de forma a que apenas se saiba aquilo que as pessoas querem ouvir. O ponto fulcral será então saber como se reage a uma situação de crise. Nestes casos, quando uma imagem é posta em causa, onde a credibilidade de algo ou alguém está em jogo, poder-se-á reagir de diferentes formas. A primeira reacção será o confronto com a realidade, desacordo e a negação e se ve no episódio “Um dia pouco movimentado”, quando a C.J. Craig garante que a Casa Branca se mantém distante dos problemas da Segurança Social. A segunda será mostrar a verdade, assumindo as responsabilidades, como demonstra o episódio “ Ele fará de vez em quando”, quando Leo revela o seu problema com o consumo de alcoól. Na realidade, verdade é oportunidade, “das situações de crise não podem ficar estilhaços, apenas um vencedor” (Prof. Dr. Meneses, João Paulo ). Se tal não for feito, há uma outra forma para se reagir a uma crise, que julgo ser, sem duvida nenhuma, extremamente eficiente. Essa hipótese centra-se no descrédito do “adversário”, chegando mesmo ao limite da campanha negativa. Pode-se ver nos episódios “ We killed Yamamoto” e no “ Al Smith Dinner” essa mesma pratica.
Outra opção de reacção a uma crise, a minha preferida, centra-se nas manobras de bastidores. Nesse sentido, procurar-se-á desviar as atenções para outros assuntos. Talvez esta seja a opção de eleição, quando algo põe em causa determinados interesses. Esta situação é observável no episódio “ Manobras na Casa Branca” aquando as eleições presidenciais e o presidente é acusado por assédio sexual. Quando se trata de manipular a opinião publica, vale tudo e quanto maior for o objectivo, maior será o impacto, no entanto, essas estratégias irão ser aplicadas com a maior das subtilezas. No episódio “ Universitários”, encontram-se formas de manipular a opinião.
Por estes e inúmeros outros motivos facilmente se entende que são várias as etapas a percorrer, quando se trata de manipular a opinião de outrem, bem como vários os intervenientes. Ou seja, “os porta vozes”são a ponta de um iceberg. Na minha opinião os “porta-vozes” fazem o trabalho ingrato, há pessoas muito mais importantes que eles. Aqui surge o “Spin-Doctor”. Ele é uma dessas pessoas. Ele procurará influenciar e manipular as ideias que foram formadas e altera-las, de forma a que todos os aspectos negativos, simplesmente ( não tão quanto isso) desapareçam. Se for necessário criar uma campanha negativa, nada o impede. Quando isto acontece, diz-se no exercicio da sua função, que esta a fazer spinning.
É certo que se procurem evitar as “crises”. Ao surgirem, a melhor forma de reagir é a antecipação, criando um plano, para saber actuar nesses momentos, tendo minimizar os impactos.
Assim concluo, que a manipulação e a ocultação das verdades é inato ao ser humano. Existe desde que o homem ganhou consciência, mantém-se e continuará, se as pessoas o quiserem. Aqueles que se encontram no poder farão de tudo para atingir os seus fins. Nada os impede de continuar a dar forma à história.